André Brandão

Não devo pensar em muitas coisas Das quais deveria pensar Por que sofri no passado e prefiro descartar Mas uma certa menina Que infligiu-me o peito E me estima a auto-estima Que enlouquece com a sua pele de veludo, que me radiou com o seu encanto e impulsionou-me com o seu beijo carnudo, senti uma aspiração sem conceito, um sentimento sem defeito E é neste clima de Verão Que você nem ao menos pedio-me permição

Eu me destrai e me perdi aqui na mente Foi a única coisa que me sobrou, depois que eu quebrei certas correntes de acrílico do sangue que foi estancado. As coisas ficaram a se pesar Quando envolvi toneladas de desespero Foi onde meu coelho sábio quis escapar E que por muitos a atitude é caracterizada pelo desprezo A cartola eufêmica que o sábio coelho estaria, se deslocou numa luz que foi acesa na partida de jardas agonizante, mas ele não precisava ser retoricamente enfatizado. Ficou assim sendo um almejo de sua vidência.