Possuir-me de um trem para a estação mais próxima do nada. Onde as ferrugens do trilho já nos pareciam quase que inacabadas. Ela nos mostra o quanto não querem que o trem passe por ela. Mas tive oportunidade de chegar ao lugar que não queriam que chegasse.
Um grupo fortemente armado ia pelas escondidas do trem de onde eu me encontrava. Vendo que, neste lugar eu não sabia o porquê de estarem a ir de encontro a ele. As ruas eram de pedras batidas, o horizonte tinha montanhas lindas, e o sol aparecia se pondo nele. O fim de tardezinha era tão silencioso e calmo, mas aquela pequena vila era o inverso do que se passava nesta tarde. Um sistema social de dominados se via por esta vila muito movimentada, meninos jovens maus vestidos e meninas jovens quase nuas, felizes com músicas errôneas de ilusões retóricas. Desci do trem, e minha visão foi de encontro pela vila todinha. A mente das pessoas que eu vi, pensavam ser dominantes de algo.
Mas seria o domínio de quê? De um lugar esquecido, com pequenas casinhas; algumas até de madeiras quase que por cima do canal de que fazia feder a vila. Onde ela era encontrada em algum lugar no nada. Ou então ela dara liberdade de não possuir alguém para controla-los. Apenas eles mesmos faziam da própria liberdade seu autocontrole. Aquele ar de se sentir livre por estar sem a posse do governo, para lhe impores o imposto de viver. Ao mesmo tempo despertava o olho gordo dos homens de poder, visando o quanto eles iriam ganhar quando controlar esta pequena vila.
O “policiamento” de que estava a vir comigo no trem não demoraram em desmoralizar o sistema de liberdade deles. De onde estavam escondidos, puxaram suas armas e demonstraram medo em meio ao vazio da estação. E nem esperaram que eu desse pelo menos três passos ao descer do trem. Não era exatamente uma estação, para o pessoal de que vivia naquela vila, uma rua com um trilho no meio era a estação perfeita para cercarem quem não fosse bem vindo. Em apenas 1min aquela vila trocou o som das músicas com as das balas dos jovens maus vestidos, poderiam ser armas fracas comparadas com as dos policiais. Mas como eles já previam o incidente, então cercaram o “policiamento” fortemente aramado. Em meio à confusão, eu entrei de fininho em uma casa e me escondi daquela guerra que se passava. Dava para ver os tiros perfurando as paredes das casas naquela rua. Como era o centro da vila, tinham muitos inocentes. Mulheres grávidas passavam pelo tiroteio, crianças pequenas também faziam o mesmo. Era uma estratégia, as pessoas inocentes não fugiam da guerra, elas simplesmente participavam correndo ao redor do tiroteio. Fazendo assim da fragilidade humana uma arma contra os homens armados. E a “policia” resolveu não dar continuidade aquela batalha. E fugiram logo quando o trem deu partida. Tudo isso ocorreu em apenas 2min. Que pareceram 2 horas para quem participou atirando. Mas para mim pareceram apenas 2 segundos, foi um golpe relâmpago para quem estava apenas passeando para o nada, e não para o todo aquele incidente.
Tinha que arranjar algum jeito de conseguir amizades. Parecia que ninguém ia gostar de mim. A minha raça diferenciava de toda aquela vila. Eram todos morenos e negros, eu era muito branco. Na casa de que eu fiquei quando ocorreu o tiroteio, eu encontrei um velho. Fui avisado por ele das coisas que ocorriam no dia-a-dia daquela vila. Fiquei ciente de quem eram os caras que colocavam ordens nela. Fiquei ciente também, de quem eu poderia buscar amizades e até mesmo abrigo, até que o próximo trem viesse. Aquele velho sabia de tanta coisa daquela vila. Sabia tanto que chamou minha atenção e disse:
- Oh branquelo, seja bem vindo. Faça aqui uma nova família, porque depois dessa nem um trem mais passará por aqui.
Meu coração logo parou, e tive que engolir um seco. Fiquei torcendo para que ele parasse de vez, só assim não viveria na retaliação de que a vila proporcionava. Senti minha mente muito pesada, logo em seguida todo o meu corpo estava também. Passei o dia todo ali naquela casa, da qual ninguém a moraria mais. Ela carregou tantos tiros que ficou pela metade. Mas que pelo menos me dava para ficar observando até perder o medo e entrar no clima. Quando consigo entrar no devido clima, já era noite e vi aquelas certas pessoas de que o velho tinha falado. As pessoas das quais poderia buscar abrigo e amizade.
Continua...
Essa crônica é fascinante, traz um suspense que empolga o leitor e faz com que ele não queira parar nem apenas um segundo de ler, aguardo com muita ansiedade a continuação dessa crônica maravilhosa...
ResponderExcluirMaravilhoso...o final dessa crônica será surpreendente!!!
ResponderExcluirNossa..adorei,muito legal tbm estou ansiosa pra ver o final
ResponderExcluirameiii a crônica....muito boaaaa..confesso q to curiosa pra saber o final..pelo visto vai ter fortes emoçoes...
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