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"Crônicas de um Sonho"

Conspiração Maluca


            Toda a família estava reunida em vosso lar. Meu grande irmão como sempre, estava tirando “onda” com as coisas que se passavam na TV. Como que se aquilo fosse um verdadeiro entretenimento para nós dois. Dava para se ver ocultamente a tentativa abusada das emissoras em distração. Conversávamos com nossa família de algo impressionante que fosse acontecer algum dia. E às vezes parecia ridículo o que dizíamos. Tínhamos em mente que algum dia, algo iria se manifestar como catástrofe e a diminuição de certos por centos da população mundial. E que não iria demorar muito. Mas como as coisas acontecem sem avisar...

            O dia ensolarado começou a ficar seco, não se sentia o vento bater em canto algum. A energia que dava para a TV foi embora. Tudo foi desligado. Os celulares travaram, e começaram a apitar de um jeito chato para os ouvidos. Até enfim estourar os caixas de som. O silêncio pairou no ar, apenas dava para se ouvir as gaivotas indo em direção leste. Todas elas estavam berrantes, sobre um ponto muito alto no ar. O céu não tinha mais nuvens ofuscantes já se fazia duas semanas. As nuvens eram dissolvidas e o que restava era o vazio azulado. Dava para ver os aviões quando soltavam suas linhas de nuvens dissolvendo outras. Combustão química que a partir da mídia todos abusavam-nos ao ridículo. O silêncio perdurou por toda à tarde. O coração batia tão forte que dava para se ouvir dentro do peito. Parecia uma eterna tarde, que não iria acabar. Nossa família então começou a acreditar no que tínhamos dito, como forma de desespero, confinaram-nos toda a confiança em meio ao que se pudesse ver. Firmamos o nosso plano, que era o de estar preparado para tudo que supostamente iria acontecer. Pegamos então nossas bolsas totalmente equipadas com coisas que nos fariam sobreviver numa selva. Nossa família ficou tão surpreendida que acabaram dando risadas da situação, eles pensavam estarmos doidos e que nada mais iria acontecer e que era apenas um blackout no sistema de radio e TV.
            Como eu e meu irmão já imaginávamos. De repente a transmissão de TV e radio volta ao normal, e minha família pareceu estar mais calma, só que eles foram ligados para mostrar um prédio muito grande de cor marrom. E quando se trocava de canal, todos eles passavam a mesma coisa. Ficamos todos se perguntando o que seria isso. Talvez algum atentado, mas tudo aquilo era para se parecer um. Ninguém via o que se tinha por detrás de tudo aquilo. Logo então um avião bem lentamente veio em direção a este prédio. Minha família e eu estávamos todos olhando aquela imagem na TV e pensando no que seria que estivesse acontecendo. O avião planava no ar de uma forma que parecia um pássaro enorme. A direção que ele estava não ia de encontro com o prédio marrom, e sim acima dele. Quando já estava quase acima dele, de repente plana suas asas descendo bruscamente até o encontro do prédio, neste momento ouvia - se gritos de desespero. Como se não bastasse, o avião explode e cria um grande cogumelo de fogo acima do prédio. A imagem que já não era mais direcionada apenas para aquele grande prédio foi recuando o “zoom” e mostrando vários outros prédios. Era uma metrópole enorme e pelo o que víamos, aquelas imagens eram de nossa cidade, ou seja, apenas a alguns quilômetros de onde nós estávamos. Logo a aflição foi tomando a cabeça de minha família e foi apenas dessa forma que passaram a acreditar em nós dois. Pedimos que eles buscassem uma bolsa para cada um, e levassem o que fossem preciso para sobrevivência. Pegamos tudo que podemos, e saímos de nosso apartamento. Isso tudo em apenas um minuto no máximo.
            Corremos para longe dos prédios tão depressa que já estávamos suados e nem ao menos sentíamos cansados. As nossas adrenalinas estavam em seu pico. Tudo estava pulando pelos ares e a única coisa que se passava na mente de minha família era espanto, estavam tão confinados em mim e meu irmão que o patamar de hierarquia foram substituídos do nosso pai para nós dois em apenas esses segundos que se passaram. Porque ao contrário deles, Eu e meu irmão estávamos tão concentrados em achar uma saída para sobreviver do que o resto da população que se encontravam correndo como doidos na rua. Fugindo de várias explosões de aviões. Nós dois desde sempre já tínhamos até um lugar planejado para onde ir, e passar apenas alguns dias sobrevivendo aos atentados de 80% da população. Porque então muita gente já estava morrendo em meio a estas explosões, e saberíamos que logo depois as nuvens se converteriam em chuva.
            Quando chegamos então ao lugar determinado já era noite. E não foi preciso o bastante de tempo para ver que já se chovia. Era uma chuva acida com gotículas grossas que faziam grandes barulhos ao impacto pelo chão. Onde estávamos, como se não era de imaginar, pessoas a mais além de nossa família estavam neste lugar aflitas. Eu e meu irmão resolvemos pedir toda a atenção delas, onde que não se tinha mais a mídia para informa-las do que se estava acontecendo. Nós dois falamos da Conspiração Maluca que desde vários anos já se planejava o ocorrido. As pessoas deste lugar estavam com tanto pânico que viram realmente que a verdade era aquela que estávamos mencionando.  Pessoas que antes não acreditavam em nós, estavam de ouvidos abertos a mercê de ordens nossa.
            Tivemos então que separar aquela pequena quantidade de pessoas, em um grupo que não tomaram vacinas e em outro, num grupo que tiveram a infeliz ideie de tomar. Pedi então para todos ficarem separados e irem dormir, mas não tinha mencionado o porquê deste feito. Se olhássemos ao redor de todo aquele grupo não se via mais nada. A noite era escura e muito fria pelo motivo da chuva. Pedi também como forma de ter o conhecimento de certas coisas, a liderança daquele grupo. Era um grupo bastante atencioso com muitos jovens. Os únicos relativamente velhos eram os que não tinham tomado a vacina. Fiquei acordado praticamente a noite toda, para ver logo de manhã cedo a infeliz matança química da chuva falecendo os nossos familiares. A sublimidade de tudo o que se estava acontecendo era horrível. Algo por trás fazia de todos apenas insetos presos em seu próprio corpo, com doenças que nunca se tinha visto antes. O amanhecer amarelado e muito ofuscado deixavam todos tristes. A única esperança de que se tinha era pedir a Deus uma proteção. E foi se acabando assim mas uma população de grandes nomes e ideias.

Comentários

  1. Ler as crônicas de André Brandão é como viajar por histórias empolgantes e cheias de aventura. As palavras já dizem tudo, e sua forma de encarar assuntos polêmicos se dissolve facilmente no nosso entendimento. Adorei a história!

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  2. **Essa é minha Preferida!!
    André Brandão é um filosofo.Escritor com excelentes palavras que fazem com que nós cegos leitores possamos abrir os olhos para a realidade. De forma culta e direta ele diz o que pensa,o que vê e o que ouve, e nos dá a liberdade para se expressar,acreditar ou Não!**

    Estou ansiosa para a próxima aventura...

    *Pois sei que este Gênio não para por aqui!*

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  3. O que dizer de tais palavras? Apenas dedico em poucas linhas o que posso mencionar sobre uma triste realidade. Os sonhos são subjetivos e nos mostram o que queremos ou podemos fazer...

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  4. Muito bom e interssante todos os topicos..

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