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A menininha da Lua

             O que mais me encantava nela, era o seu sorriso. Não bastava mais que isso para que o meu dia fosse os melhores de minha infância. Era uma garotinha que não vivia encangada com as amigas, mas nem assim me surgia coragem de brincar com ela. Os únicos momentos em que me dava para demonstrar afinidade eram os que brincávamos de “pega-pega”. O meu conceito alucinado pelos filmes, de proteger as mulheres como se fosse um herói, surgia como uma característica evidente em mim.
            Não viveria muito tempo, as minhas iniciativas para tentar conquista-la. Até porque não existia, pela minha grande timidez. Mas para aquela menininha não, quando me dei conta era ela quem dava em cima de mim. E com muita frequência. Aos poucos fui me empolgando com a situação, acabei criando uma amizade muito forte entre nós dois. E aqueles momentos infantis com a garotinha, foram o ápice de minha infância.
            Quando ficava em casa, à noite, pensando nos momentos do dia. Surgia-me uma lua cheia de grandes recordações. E aquilo foi criando uma aspiração em meu peito. Eu estava apaixonado, e não sabia como lidar com isso. As coisas em casa não eram mais meus problemas. Não sabia se tinha tomado o café da minha. Nem mesmo sentia aquele pique para jogar vídeo game com o meu irmão. Era um sentimento encantador. Às vezes até ficava até tarde pensando na garotinha da lua. Imaginávamos como sendo pessoas adultas, tomando decisões de namorados, se casando, e tudo o mais. Em todo o momento em que estive com ela, quando protegendo ela dos perigos como admirando os lindos olhos dela, o meu coração não parava de bater forte. A todo instante eu ouvia o bater de sangue no meu pulso, sem parar ao menos para dormir. Tudo aspirava à menininha da Lua.


Continua...

Comentários

  1. O que falar sobre tal leitura da qual me dou conta que você mesmo descrevou, com tão boas palavras e elas veem até você sem que possas escolher, e colocas em prática.

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