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O Pesadelo


Os sonhos são inimagináveis, eles nos persuadem a qualquer estado de espírito do qual você nem queria chegar perto, para não se machucar. Eles nos fazem passar por momentos em que a nossa mente se dá ao conflito de lembranças que você quer esquecer, pelo menos no momento. Então este tipo de sonho se caracteriza a algo do que chamamos de pesadelo. Porque ele se dá a um momento em que se está, diretamente ou indiretamente, pensando a todo instante em algo.
        Em uma noite fria num bairro com ruas vazias, lá pela meia noite. Estava eu andando para um rumo do qual eu não sabia. Assim como nos pesadelos. Mesmo assim eu me recordava daquele caminho. Era um percurso que fazia após estar com a amada. Em que mesmo se houvesse felicidade ou desarmonia aquele caminho me trazia tranquilidade. Gostava tanto de sentir o frescor da noite e aquele desejo de parecer estar sendo visto por alguém. Um sentimento de medo, uma coisa que ninguém gosta de sentir. Mas a partir do momento em que se senti medo, penso estar preparado para o que for. Porque o medo já foi sentido.
        Era tão estranho estar a alguns metros da Amada e não poder senti-la. Foi este o momento em que cheguei a casa Dela. Pois alguma coisa estava nos afastando e o sentimento continuava a crescer. Busquei estar ao lado dela a todo instante, independente do que acontecesse. Busquei levar coisas que fossem entregues a ela, mas elas foram jogadas ao chão. As minhas insistências se esvaiam diante do impossível. E foi sendo assim, até que a pedra filosofal fosse quebrada ao chão. Pois foi o último apresso do qual eu pude dar.
        Fui expulso daquele lugar do qual estive me acostumando por uns meses e criei um lar na minha mente referente a ele. Ao voltar para a rua fria deparei-me com uma casa pegando fogo. As chamas eram tão fortes que dava para sentir o pulsar do fogo em mim, chegando a quase queimar a pele. Mas corri para não ser pego pelo fogo e a alguns metros a frente mais uma casa começou a incendiar-se. Quando parei para olhar todas as casas, elas estavam pegando fogo do nada. Diante daquela situação aflitante, percebi o que realmente estava acontecendo. Tudo era causado pela minha mente, a minha cabeça estava queimando, talvez até pelo evento que passei antes de ir para rua.
        Supostamente acordei em minha cama, mas não pude me mover. Fiquei em um estado de espírito para o qual estava dormindo e também estava acordado. Freud explica isso. Os sonhos são irrelevantes e lhe dominam. Não pude fugir o pensamento e talvez todas as noites em que dormir será assim.

Comentários

  1. parabéns! mesmo q ninguém leia, o melhor de escrever é ter algo concreto como lembrança dos bons momentos da vida! vc escreve de um jeito parecido com o meu. tb gosto mto de escrever... =)

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